Acontecimentos historicos de 1956

Fidel Castro declara-se em guerra com o presidente de Cuba. (5. abril 1956)

Crise do Suez: A Assembleia Geral das Nações Unidas adota uma resolução pedindo o Reino Unido, França e Israel a retirar imediatamente as suas tropas do Egito. (7. novembro 1956)

O ex-vice-presidente e senador Alben Barkley morre durante um discurso em Virginia. Ele entra em colapso depois de proclamar "Eu preferiria ser um servo na casa do Senhor do que sentar-se nos assentos dos poderosos." (30. abril 1956)

Sudão alcança a independência do Egito e do Reino Unido. (1. janeiro 1956)

Início da "Campanha Border" Irish Republican Army`s. (12. 1956)

Operação Auca: Cinco missionários norte-americanos são mortos pela Huaorani do Equador pouco depois de fazer contato com eles. (8. janeiro 1956)

As the World Turns e The Edge of estréia Night on CBS-TV. Os dois sabonetes tornam-se os primeiros dramas do dia para estrear no formato de 30 minutos. (2. abril 1956)

O Granma atinge a costa da província de Cuba`s Oriente. Fidel Castro, Che Guevara e outros 80 membros do Movimento 26 de Julho de desembarcar para iniciar a Revolução Cubana. (2. 1956)

Donald Byrne e Bobby Fischer jogar um jogo de xadrez famoso chamado The Game of the Century. Fischer venceu Byrne e ganha um prêmio brilho. (17. outubro 1956)
Tunisia ganha independência da França. (20. marcha 1956) 

O IBM 305 RAMAC é introduzido, o primeiro computador comercial a usar armazenamento em disco. (13. setembro 1956) 

USAF Captain Milburn G. Apt torna-se o primeiro homem a ultrapassar Mach 3 durante o vôo do Bell X-2. Pouco tempo depois, a embarcação sai do controle e Capitão Apt é morto. (27. setembro 1956) 

Em seu discurso sobre o culto à personalidade e suas consequências, Nikita Khrushchev, líder da União Soviética denuncia o culto da personalidade de Joseph Stalin. (25. fevereiro 1956) 

Crise do Suez começa: as forças israelenses invadem a Península do Sinai e empurrar as forças egípcias de volta em direção ao Canal de Suez. (29. outubro 1956) 

Um médico no Japão relata uma "epidemia de uma doença desconhecida do sistema nervoso central", marcando a descoberta oficial da doença de Minamata. (1. pode 1956) 

Fritz Moravec e outros dois alpinistas austríacos fazer a primeira ascensão do Gasherbrum II (8.035 m). (7. Julho 1956) 

A primeira usina nuclear comercial é oficialmente inaugurado pela Rainha Elizabeth II em Sellafield, em Cumbria, Inglaterra. (17. outubro 1956) 

O Lago Pontchartrain Causeway abre. (30. Agosto 1956) 

Uma partida de pólo aquático violento entre a Hungria ea URSS ocorre durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1956 em Melbourne, contra o pano de fundo da Revolução Húngara de 1956. (6. 1956) 

Líder rebelde queniano Dedã Kimathi é capturado pelo exército britânico, sinalizando a derrota final do Mau Mau Uprising, e, essencialmente, terminando a campanha militar britânica. (21. outubro 1956) 

Brasileiro Adhemar Ferreira da Silva se torna bicampeao olimpico de salto triplo

Seu sonho era tornar-se um craque de futebol. Para o menino de pernas finas, nascido no bairro da Casa Verde em São Paulo em setembro de 1927, isso nunca iria acontecer. Mas, de todo modo, Adhemar Ferreira da Silva conquistaria o reconhecimento internacional ao ganhar duas vezes seguidas a medalha de ouro olímpica no salto triplo: nos Jogos de Helsinque 1952, e de Melbourne, em 1956.
Adhemar nasceu filho de um ferroviário e de uma empregada doméstica. Gostava de contar como passou a se interessar pelo esporte que o levou a ser campeão olímpico: “Certa noite, estava conversando com um amigo na esquina da Avenida Ipiranga com a São João, quando perguntei a ele o que estava fazendo. E ele: ‘Nas horas livres, sou atleta, pratico atletismo no São Paulo Futebol Clube’. Gostei da palavra atleta e disse: ‘quero ser atleta também’.”
Levado ao campo de treinamento do clube, viu que atletas praticavam as mais variadas modalidades de corrida, arremessos e saltos. O diretor de atletismo do clube, Evald Gomes da Silva, o recebeu dizendo que fazia o salto triplo. “Gostaria de tentar esse salto”, pediu. No dia seguinte, calçando um par de tênis, voltou ao clube. Evald deu-lhe algumas explicações e Adhemar executou o seu primeiro salto: 12,90 metros. Evaldo ficou impressionado e chamou o técnico alemão Dietrich Gerner. Adhemar tinha então 20 anos.
Gerner passou a ser seu treinador e mentor. Em dezembro de 1950, marcou 16,00 m em seu salto e igualou o recorde mundial do japonês Naoto Tajima, que vigorava desde 1936. Quase um ano depois, em novembro de 1951, superou sua própria marca saltando 16,01 metros na pista do Fluminense, no Rio de Janeiro.
Finalmente chegaram os Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952. Em suas seis tentativas, o medalhista de ouro iria bater sucessivamente o recorde olímpico e mundial da prova por quatro vezes: 16,05m; 16,09m; 16,12m e, por fim, 16,22m, performance que o levou ao topo do atletismo internacional.
Adhemar era aclamado pelo público toda vez que saltava. Após receber sua medalha, alguém sugeriu que ele se aproximasse das arquibancadas para saudar o público. Adhemar resolveu dar a volta por toda a pista. Era a primeira vez que alguém fazia isso, inaugurando o que passou a ser conhecido como a “volta olímpica” de grandes campeões em toda e qualquer modalidade esportiva.
Adhemar era elogiado pela elegância com que corria e saltava e por seus movimentos harmoniosos, voos e aterrissagens. A tuberculose encerrou sua carreira em 1960, após uma pálida participação nos Jogos Olímpicos de Roma, 1960. A despedida olímpica de Adhemar aconteceu com um salto de apenas 15,07 metros. O hábito de fumar, adquirido aos 16 anos, danificara seus pulmões.
O campeão olímpico confessou que uma das principais razões pela qual praticava esporte era para manter a aparência física e esta vaidade, acompanhada de certa arrogância, acompanhou-o até o fim. Teve uma participação especial interpretando a Morte em Orfeu Negro, filme do cineasta francês Marcel Camus de 1958 que ganhou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.
Ao contrário de muitos de seus colegas atletas, Adhemar dava grande importância à vida acadêmica, graduando-se em Direito, Educação Física, Relações Públicas e Artes. Tornou-se também fluente em seis idiomas, com inglês, francês, italiano e espanhol entre eles. Durante os anos 1950 e 1960 foi colunista do jornal Última Hora. Trabalhou como comentarista em vários Jogos Olímpicos. O bi-medalhista de ouro foi adido cultural da embaixada brasileira em Lagos, Nigéria, entre 1964 e 1967.
Para pagar seu débito ao atletismo, que lhe deu tantas satisfações, como costumava dizer, Ferreira da Silva ajudou a promover diversos projetos, inclusive um complexo esportivo em Ponta Grossa, Paraná, para que comunidades pobres tivessem acesso ao esporte.
Embora não fosse esquecido pelo Brasil e pelos brasileiros, Adhemar costumava dizer que era mais conhecido no exterior. Em alguns países, sua efígie chegou a ser estampada em selos de correio. O Comitê Olímpico Internacional homenageou-o com a Medalha da Ordem Olímpica concedida apenas aos melhores atletas de todos os tempos.
Quando em Sydney, Austrália, durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2000, o COI lhe prestou uma homenagem, ele comentou: “Fico feliz em ser assim lembrado. Tinha receio que isto só aconteceria depois de minha morte. Então, tudo o que poderia ocorrer, era que algum prefeito desse o meu nome a alguma rua ou avenida.”
Sua vitoriosa carreira no salto triplo, em especial depois de sua vitória em Melbourne, Austrália, conferiu-lhe o epíteto de “Canguru Brasileiro”. O atleta teve ótimas performances também em Jogos Pan-Americanos, sendo tricampeão em Buenos Aires em 1951, Cidade do México em 1955 e Chicago em 1959. Tornou-se o primeiro atleta do Brasil a conquistar tal proeza. Na Cidade do México, saltou 16,56 metros, a melhor marca de sua vida, e estabeleceu pela quinta vez o recorde mundial.
Adhemar morreu de colapso cardíaco aos 73 anos em 14 de janeiro de 2001, não sem antes receber a Ordem do Mérito Olímpico – principal condecoração oferecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O campeão olímpico foi enterrado ao som do Hino Nacional no cemitério do Chora Menino em São Paulo, no mesmo túmulo em que sua mulher e seu filho foram também inumados. Seu corpo foi transportado em carro do Corpo de Bombeiros numa procissão de nove quilômetros através do centro de São Paulo, aplaudido pelas pessoas no seu trajeto.

Em jogo violento, hungaros usaram semifinal de polo contra URSS para 'vingar' invasão soviética de Budapeste

Apelidada de 'sangue na água', após atleta ter deixado piscina ensanguentado, partida aconteceu enquanto tanques do Exército Vermelho reprimiam levante popular húngaro

Conhecida como ‘Sangue na Água’, a partida de semifinal de polo aquático dos Jogos Olímpicos de Melbourne em 1956 entre Hungria e União Soviética não foi só uma disputa das mais violentas da história do esporte mundial. Marcado por ameaças e hostilidades desde o primeiro minuto, o jogo do dia 6 de dezembro foi também um duelo em que o subtexto foi protagonista: um mês antes, o Exército Vermelho soviético invadira Budapeste para reprimir — deixando 2.500 soldados húngaros mortos — a revolução que se insurgia contra o governo socialista de Moscou.
Em plena Guerra Fria, a tensão ultrapassou o campo da política e era palpável na piscina quando as duas equipes entraram para disputar a vaga na final. A intenção inicial era que o espírito do fair play olímpico se sobrepusesse à rivalidade, mas o que aconteceu foi o contrário. O sangue de Budapeste coloriu as águas da piscinas australianas após o jovem e prodigioso atacante húngaro Ervin Zador ter sido levado direto do ginásio para o posto médico.
A seleção olímpica começou a viagem rumo à Austrália em 30 de outubro. Até 20 de novembro, quando pisou em Melbourne, não tinha notícias da terra natal. Dessa maneira, não souberam que, dias depois da partida, em 4 de novembro, Moscou invadira a Hungria, prendendo milhares de pessoas, inclusive o primeiro-ministro.
O jogo de polo
Com agarra-agarras, empurrões e puxões de toda sorte visíveis aos olhos do público, a própria dinâmica do polo aquático o envolve como um esporte violento em si — no final dos anos 1800, a modalidade chegou a ser banida dos campi universitários norte-americanos por ser considerado “bárbaro demais”. No dia 6 de dezembro de 1956, o esporte voltou às raízes.
Ervin Zador, astro da equipe de polo húngara, deixa piscina após ser agredido por atleta soviético
O encontro que opôs húngaros e soviéticos, talvez as duas melhores seleções mundiais da modalidade, só veio a acontecer na rodada semifinal do torneio. A Hungria era a superpotência, a equipe a ser batida; nas quatro edições anteriores, ganhara três ouros e uma prata.

Além da rivalidade do retrospecto esportivo, o contexto político adicionava outro ingrediente à disputa. “Sentíamos que estávamos jogando não só por nós mesmos, mas para cada húngaro”, disse posteriormente o jogador Ervin Zador à BBC. E completou: “A partida foi a única maneira de que dispúnhamos para lutar olhando para trás, para o que havia se passado”.
A multidão que assistiu à partida torcia pela Hungria: havia húngaros expatriados, já que sete anos antes o país passara formalmente ao controle soviético, além de australianos e norte-americanos, inimigos ideológicos da URSS durante a Guerra Fria. “Hajra Magyarok!” (Vai, Hungria!), gritavam os torcedores.
Sangue na água
A tática adotada pelos húngaros, contada pelo próprio Ervin Zador, era tirar os russos do sério. Fluentes no idioma, que haviam sido obrigados a estudar desde a infância, os húngaros insultavam e provocavam os adversários. Em menos de um minuto de jogo, o primeiro soviético foi mandado para o castigo temporário. Dentro da água, alheios às regras, seguiam-se: socos, pontapés, caneladas, agressões de todo o tipo por debaixo da superfície da água, empurrões violentos, cuspidelas, gritos e xingamentos. O árbitro sueco, responsável por fazer zelar a ordem, mal podia atuar.
Dentro da piscina, a seleção húngara abria dois gols de vantagens, em tentos anotados por Zador, a estrela da equipe, que permanecia o tempo todo na mira dos defensores russos. A poucos minutos do fim da partida, o mesmo Zador foi chamado a marcar o atacante Valentin Prokopov, o melhor atleta da equipe — “Eu disse ‘sem problemas, consigo cuidar dele’ ”, relembrou Zador ao diário britânico The Guardian. Ele foi até o adversário e intensificou provocações e xingamentos.
O russo Prokopov não suportou a pressão e extravasou: com a atenção do húngaro voltada para o outro lado da piscina, Prokopov o atingiu no rosto. “Eu vi estrelas”, relembra Zador. Momentos depois, com a torcida ainda mais inflamada, obrigando a polícia a tomar posições para evitar um tumulto maior, o atleta russo, ensanguentado e manchando a piscina de vermelho, foi retirado da água para receber atendimento médico. Imagens do rosto ensanguentado do húngaro rodaram o mundo, o que rendeu à partida a alcunha de “Sangue na água”.
A partida terminou 4 a 0 para os húngaros, que venceriam a Iugoslávia na final pelo placar de 2 a 1 para conquistar a medalha dourada — partida em que Zador, lesionado, ficou impedido de disputar. Após o término das Olímpiadas, muitos húngaros não retornaram ao país e pediram asilo a outras nações. O astro Ervin Zador foi parar em São Francisco, nos Estados Unidos, onde se estabeleceria como técnico de natação. Anos mais tarde, reencontraria o ouro olímpico ao treinar o exímio nadador Mark Spitz.

Grande Sertao: Veredas - literatura brasileira

aGrande Sertão: Veredas é um livro de Guimarães Rosa escrito em 1956 e é um dos mais importantes livros da literatura brasileira. Pensado inicialmente como uma das novelas do livro "Corpo de Baile".

Politica Brasileira

No Brasil , em 1º de fevereiro, o novo presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, expõe em seu primeiro dia de governo um excelente plano desenvolvimentista que promete fazer o país avançar “50 anos em 5”.








Juscelino entregou aos exímios arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer o projeto para a construção da nova capital brasileira, Brasília, que seria construída na região do Planalto Central.




Planta de Brasília

Cyril Norman Hinshelwood ganha o premio nobel de quimica em 1956

Cyril Norman Hinshelwood (Londres19 de junho de 1897 — Londres, 9 de outubro de 1967) foi um químico britânico.

Estudou na Universidade de Oxford, onde lecionou desde 1937. Suas pesquisas das diversas combinações do hidrogênio eoxigênio lhe valeram o Nobel de Química de 1956, compartilhado com o soviético Nikolay Nikolayevich Semyonov, que havia trabalhado independentemente. Tratou de esclarecer o mecanismo das reações químicas por métodos cinéticos

Fatos e Destaques

  • Vladimir Kuts mostra a força do atletismo soviético ao conquistar o ouro nas provas de 5.000 e 10.000 metros, façanha conseguida antes apenas pelos "finlandeses voadores" da primeira metade do século e pela “Locomotiva Humana”, o tcheco Emil Zátopek.
  • rainha destes Jogos, para delírio dos anfitriões, foi a australiana Betty Cuthbert, de dezoito anos, apelidada “Golden Girl” e campeã olímpica nos 100, 200 e 4x100m no atletismo.
  • Adhemar Ferreira da Silva torna-se bicampeão olímpico do salto triplo e o único bicampeão olímpico do Brasil pelos próximos 48 anos.
  • Os alemães ocidentais e orientais participaram juntos num time misto, assim como o fariam nos próximos dois eventos.
  • A nadadora Dawn Fraser brilhou nas piscinas liderando a equipe australiana na vitória do revezamento 4x100 e conquistando o ouro nos 100m nado livre.
  • A situação na Hungria, com a invasão soviética do país, causou uma das maiores batalhas campais da história dos Jogos, quando as equipes de pólo aquático dos dois países se enfrentaram na competição; após a pancadaria entre atletas e dirigentes dentro e fora da piscina os húngaros venceram o jogo e conquistaram mais tarde a medalha de ouro. Esta ocupação da Hungria fez com que os atletas húngaros fossem apoiados por muitos fãs na sua estadia na Austrália e muitos deles torceram por László Papp, que se tornou o primeiro boxeador tricampeão olímpico. Vários deles, entretanto, decidiram não voltar ao país natal depois dos Jogos e pediram asilo no Ocidente.
  • Em Melbourne, o Comitê Olímpico Internacional acolheu a sugestão de um jovem carpinteiro chinês vivendo no país, chamado John Wing, e estabeleceu que o desfile da festa de encerramento dali em diante deveria ser feito com todos os atletas misturados, simbolizando a união dos povos, ao invés da antiga parada feita ao fim da festa, igual à cerimônia de abertura.